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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Liberdade e companheirismo nas estradas

Quem nunca sonhou ter uma moto e sair por aí com um bando de amigos só pelo prazer de pilotar? Com o vento frio no rosto, o motoclube Dry-15 parece resgatar esse tempo, mas primando pela organização

imagem.asp

Fundado em 2010, o Dry-15 quer ser diferente de qualquer outro motoclube. A começar pela disciplina. Quando viajam, pilotam só com uma formação: um a um, lado a lado e só o presidente na dianteira, comandando a tropa.
Como uma organização que se preze, há estatuto e as regras são rigorosas. Quer uma prova? Para ser membro permanente e vestir o jaquetão do clube cearense, o candidato é avaliado por um ano pelos "guardiões". Aí conta o comportamento e o caráter da pessoa. Se algum pretendente cometer uma infração, como desrespeitar o outro ou ofender o escudo, não entra para o time titular", salienta Abner Rios, o presidente do clube.


A ideia de fazer uma entidade surgiu do próprio Abner Rios, em uma viagem solitária que fez ao Deserto do Atacama, Chile. "O Ceará merece um motoclube que alavanque a cultura, resgate certos valores que estão perdidos, como o puro prazer de andar de moto, de criar um confraria."


Segundo ele, o Dry-15 é uma referência a grande seca de 1915 que aconteceu no Nordeste e foi motivo de literatura. "A expressão em inglês é para universalizar. Trata-se de uma homenagem ao nordestino que tem em seu espírito o desejo forte de sobrevivência, força, resistência".


Não é à toa que o símbolo do Dry-15 é um esqueleto de um tejo - animal que vive em condições adversas no sertão da região.
Hoje o clube conta com 15 integrantes. Além da avaliação, para adentrar o grupo, Abner explica que é preciso ter uma moto de grande cilindrada, maior que 500cc, não importando o modelo. "Por e-mail, você recebe o estatuto. Depois, é só se enquadrar. Bem estruturado, o motoclube conta com o site www.dry15.com.br
Como perfil de integrantes, o Dry-15 é bem eclético. Tem advogado, professor, policial, odonto...todos ligados por um elo, o de pilotar.


Quando estão em estrada, Abner detalha que a regra principal é seguir as leis de trânsito, de segurança. Por exemplo, no comboio, não há ultrapassagem. "Em muitos motoclubes há acidentes. Para evitar isto, formamos o comboio de forma coesa, para evitar ultrapassagens. No comboio, os únicos que têm mobilidade é o presidente e o capitão-de-estrada", diz.
Como filosofia militar, o maior insulto para eles é desrespeitar o brasão, o escudo.
Sob a bandeira, a primeira viagem que fizeram foi por aqui mesmo, de Fortaleza até Eusébio. A segunda foi para Itarema. A terceira já foi mais longe: Pesqueira, em Pernambuco.


Motivo de festa
Sobre a recepção, de acordo com Abner Rios, o carinho e a curiosidade das pessoas ao se depararem com o grupo é grande. "O pessoal para o carro pra falar conosco, bate fotos, pergunta, quer saber quantas cilindradas tem a moto, como se a gente fosse um velho amigo", diz Abner.
Em ternos de viagens, ainda neste ano, os integrantes estão planejando ir à Chapada da Diamantina (BA). No próximo ano, os membros estão programando excursão para o Deserto do Atacama (Chile) e fazer a famosa rota 66 (EUA).

Fontes: www.revistamoclubes.com.br

 http://diariodonordeste.globo.com/ 

http://www.dry15.com.br

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