Além das duas rodas a menos, as motocicletas têm outras grandes diferenças mecânicas com os carros. Um bom exemplo é o sistema de lubrificação de cada um desses veículos.
Enquanto nos carros há um lubrificante específico para o motor e outro para a caixa de transmissão, na maioria das motos com motores quatro tempos à venda no Brasil o mesmo óleo que lubrifica cilindros e pistões lubrifica também a caixa de marchas e a embreagem.
Essa importante diferença técnica mostra que não se pode, em hipótese alguma, usar óleo para automóveis em motos e vice e versa. O engenheiro Celso Cavallini, da Esso Brasileira de Petróleo, que fabrica os óleos Mobil, diz que as peculiaridades não param por aí.
“Além disso, o volume de óleo em um carro é de cerca de quatro litros, já nas motos menores, esse volume não passa de dois litros. Esse é outro fator importante”, alerta.
A embreagem úmida das motos demanda um óleo de composição mista, sem os redutores de atrito utilizados nos lubrificantes dos carros. Caso contrário, a embreagem das motos patinaria demais.
Outro fator levado em conta para se desenvolver um óleo para motocicletas é a alta rotação dos motores das motos. Por exemplo, um carro tem potência máxima a 4.000 rpm, já uma moto produz a potência máxima na faixa dos 7.000 rpm. “Com isso a temperatura do motor é bem mais alta. O óleo de moto tem de ser mais robusto e resistente”, explica o engenheiro.
Outra função importante do lubrificante das motos é a refrigeração do motor. Motos, como a Honda CBX 250 Twister, e a maioria dos modelos até 250cc, não têm refrigeração líquida. O óleo auxilia também na refrigeração do motor — em conjunto com o ar, por isso se chama refrigeração mista (ar+óleo). Quando bem refrigerado, o motor trabalha na temperatura certa, evitando assim desgaste excessivo dos componentes.
O óleo certo
Outra dica importante do engenheiro é quanto ao óleo correto a utilizar em sua moto. “Deve-se sempre seguir a recomendação dos fabricantes”, sentencia. Nada de seguir apenas as normas API (SF, SG) feitas para os automóveis.
“O que importa no óleo de moto é a sigla ‘Jaso’, uma norma japonesa feita exclusivamente para motocicletas. Mas seguindo o que manda o manual do proprietário, não tem como errar”, complementa.
Por isso, é importante ler o manual do proprietário de cada moto e usar o óleo recomendado pelo fabricante que, segundo Celso, já realizou longos testes em diversas condições para saber o tipo de óleo e a quantidade correta a ser colocada na moto.
A hora certa
Na hora do cliente trocar o óleo, sempre fica uma dúvida: com quantos milhares de quilômetros deve-se trocar o óleo da moto? Nada de seguir o que diz o senso comum. Uns falam em 1.500 km, outros 3.000 km. “No manual, o motociclista também encontra esta informação”, adianta Celso.
Os fabricantes ainda costumam advertir sobre condições severas de uso, como por exemplo, em estradas de terra, onde há muita poeira. Nesses casos, geralmente previstos no manual, recomenda-se diminuir o intervalo entre as trocas de óleo.
Outra dica importante é verificar o óleo periodicamente, se possível toda semana, e completar o nível se for necessário. Por último, vale lembrar que para um bom funcionamento do sistema de lubrificação deve-se trocar o filtro de óleo e o filtro de ar, nós intervalos indicados no manual do proprietário. Isso para evitar que partículas sólidas se acumulem no motor e aumentem o desgaste natural dos componentes.
Cinco dicas sobre lubrificação de motos
1) Nunca use óleo de carros em motocicletas;
2) O óleo certo para cada modelo de moto é o recomendado pelo fabricante;
3) Verifique o nível do óleo periodicamente;
4) Em condições severas, como motos que rodam em estradas de terra, os intervalos entre as trocas de óleo devem ser menores;
5) Ao trocar o óleo, faça uma revisão nos filtros de óleo e ar da motocicleta. Substitua-os se necessário.
bem concluindo o texto acima, só posso afirmar que oleo bom é o que troca regularmente e que ninguem se entende em relaçao a km que deve trocar. Aff!
fonte http://www.moto.com.br/
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